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"Por que você é sempre assim? Porque você tem essa capacidade de embrulhar o meu estomago a toda vez que eu te olho? Por que seu cheiro é tão penetrante e ao mesmo tempo suave e quase faz-me cair em tentação? Por que o seu olhar é sempre tão cheio de desejo, mas ao mesmo tempo tão solene? Por que os seus lábios são sempre tão vermelhos e chamativos? Até o seu jeito de andar me atrai." Mas esse tipo de atração que a tola menina sentia era platônico, não é reciproco. Mas que droga! Tudo que ela fazia, a levava até ele. Tudo que ela pensava, a levava até ele.

Ele era do tipo de cara desastrado, com roupas amaçadas e andava com sempre com o um cigarro pendurado na boca. Mesmo entre todos os esse defeitos, a boba garota continuava loucamente apaixonada pelo cara que quase soava estranho. Era impossível fugir do obvio.

Ele vinha andando em sua direção como quem não quer nada. Ela como sempre boba, enche-se de esperanças tolas. Ele tinha um jeito que a fazia rir que nem uma criança inocente. A música que tocava na solitária loja de CD's era a pior de todas. Fake Plastic Trees do Radiohead. Ele deixara uns CD's caírem de suas mãos. Já mencionei que ele era realmente desastrado? E mais uma vez a tola caiu em um penhasco de ilusão que mais parecia um pélago.

Ela lembrava a primeira vez que eles saíram juntos. Ela contava seus segredos como nunca contou a ninguém e ele parecia não importa-se muito. Talvez fosse seu jeito venusto de ser. Ela deduzia que ele a queria porque não queria a acreditar que fosse o contrario. Eles haviam saído da loja de CD's e agora ela estava indo para cara sozinha e triste. A noite estava escura como sempre, porém as luzes da cidade eram bem ofuscantes e o frio é irritante.

Ela o amava e isso era um fato, mas não tinha coragem de enfrentar esse amor e também não tinha vontade de tentar esquece-lo. Mais uma vez e pobre menina iludiu-se a toá. Mesmo assim, abraçou os seus braços e continuou andando. E mais um vez sua noite terminou solitária porém recompensada pela felicidade do seu grande amor platônico que talvez durasse a vida toda. 



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